quarta-feira, 20 de abril de 2011

Feliz Páscoa!!

Lima 20: amarela.
Lima 25: vermelha.
Lima 30: azul.
Lima 35: verde.
Lima ....: laranja.
OBS: "Inventar é imaginar o que ninguém pensou; é acreditar no que ninguém jurou; é arriscar o que ninguém ousou; é realizar o que ninguém tentou. Inventar é transcender. "
( Santos Dumont )

SOLA-Seminários Odontológicos Latinoamericanos. Dias 12, 13 e 14 de maio no Paraguai.

Profa. Andressa Pais e Prof.Eduardo Marques presentes na SOLA a convite da Profa. Patrícia Escobar(Paraguai).

Implante de 3 anos e canino com necrose total


Durante a cirurgia: rompimento do ápice do canino.

MTA: Tampão apical

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Especialização e Aperfeiçoamento em endodontia SLMandic-E.S. Últimas vagas!

Postagem do Prof. Ricardo Affonso Bernardes ao FBE.

*DEFINIÇÃO DO QUE É SER PROFESSOR*

Ser professor é professar a fé e a certeza de
que tudo terá valido a pena se o aluno sentir-se feliz
pelo que aprendeu com você e pelo que ele lhe
ensinou...
Ser professor é consumir horas e horas pensando
em cada detalhe daquela aula que, mesmo ocorrendo
todos os dias, a cada dia é única e original...
Ser professor é encontrar pelo corredor com cada
aluno,
olhar para ele sorrindo, e se possível, chamando-o
pelo nome para que ele se sinta especial...
Ser professor é entrar cansado numa sala de aula e,
diante da reação da turma, transformar o cansaço
numa aventura maravilhosa de ensinar e aprender...
Ser professor é envolver-se com seus alunos
nos mínimos detalhes, vislumbrando quem está
mais alegre ou mais triste, quem cortou os cabelos,
quem passou a usar óculos, quem está preocupado
ou tranquilo demais, dando-lhe a atenção necessária...
Ser professor é importar-se com o outro numa
dimensão de quem cultiva uma planta muito rara que
necessita de atenção, amor e cuidado.
Ser professor é equilibrar-se entre três turnos de
trabalho e tentar manter o humor e a competência para
que o último turno não fique prejudicado...
Ser professor é ser um "administrador da curiosidade"
de seus alunos, é ser parceiro, é ser um igual na hora
de ser igual, e ser um líder na hora de ser líder,
é saber achar graça das menores coisas e entender
que ensinar e aprender são movimentos de
uma mesma canção: a canção da vida...
Ser professor é acompanhar as lutas do seu tempo
pelo salário mais digno, por melhores condições de
trabalho,
por melhores ambientes fisicos, sem misturar e
confundir jamais
essas lutas com o respeito e com o fazer junto ao
aluno.
Perder a excelência e o orgulho, jamais!
Ser professor é saber estar disponível aos colegas
e ter um espírito de cooperação e de equipe na troca
enriquecedora de saberes e sentimentos,
sem perder a própria identidade.
Ser professor é ser um escolhido que vai fazer
"levedar a massa"
para que esta cresça e se avolume em direção
a um mundo mais fraterno e mais justo.
Ser professor é ser companheiro do aluno, "comer
do mesmo pão", onde o que vale é saciar a fome
de ambos, numa dimensão de partilha..
Ser professor é ter a capacidade de "sair de cena,
sem sair do espetáculo".
Ser professor é apontar caminhos, mas deixar que
o aluno caminhe com seus próprios pés..

quarta-feira, 6 de abril de 2011

no balcão do Café Bamboo.

andar com fé

Por Ana Laura Nahas

É preciso ter fé em alguma coisa, nem que seja no tempo, que traz serenidade e ameniza as saudades, ajuda a aceitar os excessos, as rugas, os desamores, as decisões e os critérios, conserta desvios, cicatriza feridas. O tempo torna a falta de sentido um pouco mais suportável, transforma a dor em potência, mastiga, engole, digere e manda às favas um dia de trânsito engarrafado, conta no vermelho, enxaqueca, desarranjo ou aquela ausência repetida, sentida (ai), incontida, aquela ausência (sabe?), sentida (ai), incontida, repetida.

É preciso ter fé em alguma coisa, nem que seja nos encontros, que a gente coleciona e acredita na lei natural deles, deixar um tanto, receber outro, dizer de histórias, preferências, vontades e a descoberta de que tem em comum o gosto pela madrugada, três amigos, um quadro na sala de estar ou uma falha no cromossomo 17. Os encontros ajudam a dizer das divergências, referências e da ideia fixa de que um bom samba resolve quase tudo.

É preciso ter fé em alguma coisa, na metafísica ou nas canções, o Rei cantando daquele modo bonito dele, a moça chorando enquanto era um era dois era cem era o mundo chegando e ninguém, as Bachianas Brasileiras, o Grande Circo Místico, o Elis e Tom. As canções embalam alegria e serenidade, barulho e pausa, grave e agudo, vontade e saudade, desafio e equilíbrio, as coisas todas juntas numa pilha de discos e aquele, seminovo, dividido em dois, muito e pouco e por fim a faixa que não para de tocar:

“Já matei você mil vezes e seu amor ainda me vem
Então me diga:
Quantas vidas você tem?”

É preciso ter fé em alguma coisa, nem que seja na Física, na teoria da relatividade e no fato de que há dezenas de verdades, boas e más, num único fato, de que dois pontos de vista diferentes oferecem visões diversas, e ambas perfeitamente aceitáveis, de um mesmo objeto. Daí as dores doem menos, os pesos pesam menos e, depois de algumas horas de sono, dá até pra reconhecer o esforço alheio de dizer, ir, deixar, perdoar ou ficar, o tamanho do passo que parece pequeno, mas quem sabe tenha sido imenso.

É preciso ter fé em alguma coisa, nem que seja numa noite de sono inteira, a madrugada silenciosa, o braço forte que envolve o corpo, o modo silencioso que tem todo o encanto do mundo, cheiro no travesseiro, o coração todo tomado de uma alegria consistente, o café na manhã seguinte, a diversão toda, o ritual inteiro.

É preciso ter fé em alguma coisa, nem que seja na opção de rir de tudo quanto possível apesar das ausências, dançar quase sempre apesar das perdas, investir na leveza e no movimento, na beleza do improviso, na necessidade do acaso, forró, xote, xaxado e baião postos a serviço do compositor que compartilha referências, afetos, criações e opiniões até quando os outros preferem guardá-los. É preciso, como o Gil canta no disco que embalou este texto (eu acredito), ter fé em algum coisa, nem que seja na festa.

(Crônica publicada no jornal A Gazeta 28/08/2010)

Tags: ,

terça-feira, 5 de abril de 2011